"Queria não precisar de você e estar contigo por
falta de opção. Mas o que posso fazer se teus olhos me chamam atenção?
Seus cílios grandes … Sem comentários. O que posso fazer se seu sorriso
abrange toda minha alegria? Se o brilho dos seus cabelos negros ilumina
meu caminho e me guia? Não posso fazer nada se teu corpo traduz todo o
meu fascínio. Não posso fazer nada se acordo de manhã e meu olfato,
involuntariamente, sente teu cheiro e clama pela origem dele. Queria
poder te esnobar. Mas, não posso fazer nada se tua voz me provoca tão
incessantemente e de forma gradativa, rompe meus tímpanos e no lugar
deles coloca uma poção do amor que entra no meu organismo, cria
borboletas agitadas que fazem com que meu estômago se embrulhe numa
tirada só. O que posso fazer, rapaz? Se teu perfume é meu preferido. Se
tu se vestes tão bem e me chama a atenção. Se tua dose é exata. Se tua
inteligência me atrai e teu charme, revigora. Ah.. teu charme. Tão
charmoso quanto qualquer um. Sorriso de malandro, pose de garoto
esperto. Você sabe que pra mim não há nada melhor que isso. Você me tem
na palma da tua mão e tem consciência disso. Mas o que posso fazer […] ?"
Era mais um dia normal, ela acordo, tomo seu café, e ficou sem fazer nada, como sempre. Dia frio, sereno na janela do seu quarto bagunçado. Era bom, se essa bagunça fosse só no quarto dela. Mais não, a bagunça também estava na vida dela, no coração daquela pequena. Pequena, mais porém, com um coração enorme, e partido. Depois de tantos quebrar o coração dela, era possível o coração ainda ter espaço para amar? Ela ainda tinha motivos para sorrir? Talvez sim, talvez não, nunca se sabe né.
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