Ela o conhecia. Conhecia seu sorriso, seu jeito tímido e o seu olhar desconfiado. Ela conhecia o seu perfume e sabia como ninguém
quando ele estava por perto. Sabia que ele roía as unhas e que, graças a
deus, nunca fez a sobrancelha. Ela conhecia seu jeito espontâneo que
contrastava perfeitamente com a timidez dela. Justamente ela que nunca
ficou constrangida ao lado de ninguém se sentia apenas uma menininha ao
lado dele. Irritante, angustiante, apaixonante. Dessa forma, ela o conhecia. Ele? Mal sabia o nome dela. Quem se importava? Estava perfeito, intacto, eterno. Deixem ela sonhar. Nem tudo precisa virar realidade para ocupar nossos corações.
Era mais um dia normal, ela acordo, tomo seu café, e ficou sem fazer nada, como sempre. Dia frio, sereno na janela do seu quarto bagunçado. Era bom, se essa bagunça fosse só no quarto dela. Mais não, a bagunça também estava na vida dela, no coração daquela pequena. Pequena, mais porém, com um coração enorme, e partido. Depois de tantos quebrar o coração dela, era possível o coração ainda ter espaço para amar? Ela ainda tinha motivos para sorrir? Talvez sim, talvez não, nunca se sabe né.
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