As vezes eu não te entendo sabia?
Desculpe, mas creio que tenha que lhe dizer a verdade. Esse seu jeito de
mudar de ideia, de mudar de vontade, de mudar de opinião como quem muda
de roupa não tem nada haver com o mundo que vivemos hoje em dia.
Querida intensidade, essa forma de ver o mundo já está me deixando
nervosa. A forma como você vive nos extremos, ora muito bem ora muito
mal não dá para entender as vezes, ou quase sempre. Vivo nos pólos por
sua culpa. Sou excesso, demasiado, complexo, instável, por sua culpa.
Não me entendo mas me faço entender por qualquer um que tenha 1 minuto
do seu tempo livre para me escutar. Portanto, o que me resta? Escrever
para suprimir essa necessidade de entender, de ser, de ter, de possuir
ou simplesmente esquecer que não dá para entender, ser, ter, possuir.
Contudo, querida intensidade, já estou cheia de você. Como disse antes
não quero vivê-la até porque você não pode suprimir essas necessidades
invisíveis que eu tenho. Essas necessidades que me corrompem e me fazem
viver. Mas você? A única coisa que faz é me fazer mudar de opinião, de
vontade, de desejo. Estou farpa de viver no 0 ou no 10, nunca fui boa em
Matemática. Estou cansada de viver no frio, nesses pólos que você me
faz andar.
Era mais um dia normal, ela acordo, tomo seu café, e ficou sem fazer nada, como sempre. Dia frio, sereno na janela do seu quarto bagunçado. Era bom, se essa bagunça fosse só no quarto dela. Mais não, a bagunça também estava na vida dela, no coração daquela pequena. Pequena, mais porém, com um coração enorme, e partido. Depois de tantos quebrar o coração dela, era possível o coração ainda ter espaço para amar? Ela ainda tinha motivos para sorrir? Talvez sim, talvez não, nunca se sabe né.
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