Sou uma mulher de gostos e versos. Um pouco ladra, eu
diria. Roubo histórias, bordo palavras, costuro sonhos, desato
pensamentos. Coisas de quem escreve, encare assim. Quem fica ao meu
redor tem que entender que, vez em sempre, algo será tomado para e por
mim, sem dó. Me aproprio indevidamente de vidas e falas. Não leve a mal
se por ventura algum dia o seu sossego for passear junto comigo. E se
por acaso a insônia se tornar a sua melhor amiga, admita que eu venci.
Gosto de esfregar na cara do suposto adversário as minhas vitórias. Em
certas ocasiões o mais digno é engolir tudo elegantemente.
Clarissa Corrêa
Era mais um dia normal, ela acordo, tomo seu café, e ficou sem fazer nada, como sempre. Dia frio, sereno na janela do seu quarto bagunçado. Era bom, se essa bagunça fosse só no quarto dela. Mais não, a bagunça também estava na vida dela, no coração daquela pequena. Pequena, mais porém, com um coração enorme, e partido. Depois de tantos quebrar o coração dela, era possível o coração ainda ter espaço para amar? Ela ainda tinha motivos para sorrir? Talvez sim, talvez não, nunca se sabe né.
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