“Ao que depender de mim, recuso-me a ser infeliz”.
Repeti a mim mesma, tantas vezes que acreditei. Estou dando um basta. E sim, eu sei que o basta foi dado por você há algumas semanas, mas eu estou dando um basta dentro de mim. Chega, acabou. Vai com Deus. Estou escrevendo para lhe contar que esta é a última vez que escrevo sobre você. Se é que vai ler, se é que isso me importa. Não escrevo pra te ofender, embora isso já tenha passado pela minha mente diversas vezes, descobri que sou mulher demais para ceder ao que você me fez. Pra devolver, me vingar, tentar roubar algo de ti assim como você me fez perder todos meus textos. Descobri que sou mulher o suficiente pra te deixar ir embora da minha vida. Você me ensinou a sofrer. E me ensinou a ser um pouco mais sensível. Você foi a primeira pessoa que me fez chorar com um olhar, e eu agradeço por isso. Foi por sua causa que agora eu posso ser quem eu quiser dentro da minha casa, e sei que ainda poderei trazer alguém aqui novamente pra almoçar, pra viver, várias e várias vezes. Pensei que eu não choraria nunca mais por você, mas chorei. Chorei uma noite que encontrei um texto que me lembrou aquela época em que éramos felizes. Ou eu pensei que éramos, porque na verdade, hoje já não tenho certeza de nada. Descobri em meio a tudo isso que eu tive mais momentos infelizes com você do que felizes. Me peguei sentada em uma tarde, fazendo uma lista do que eu teria de bom se voltássemos, e do que você já me fez de ruim. E sabe qual foi o único motivo que eu achei que pudesse me fazer procurar você? Amor. Só que mesmo assim, percebi que meu amor era pouco, no meio de quem você era agora, meu amor era só a pontinha do teu dedo mindinho. Insignificante, e que as vezes causava alguma sensação ruim quando batido em alguma quina. De resto, pouco importava se ele estava lá ou não. Descobri que precisávamos de respeito, de confiança, paciência, e de que seu respeito por mim acabara muito tempo atrás, e que eu ainda tentei acreditar que isso mudaria. Hoje, quando olho você, quando me contam algo sobre você, eu sinto como se nunca houvesse te conhecido, te vejo tão bebê, tão inocente, tão sem objetivo. E então percebo que não podemos estar juntas porque você não pode amadurecer agora para me acompanhar, e que eu não posso mais virar criança pra acompanhar você. Descobri que preciso de alguém que queira andar ao meu lado, que deseje meu bem, e não que pense no seu capricho. Preciso de alguém que não queira que eu ande pra trás. E esse alguém não é você. Espero que seja feliz. Espero que se encontre. Espero que um dia perceba o quanto eu amei e tentei te fazer feliz, tentei te fazer crescer, estudar, ser alguém bem melhor. Espero que a pessoa que você está agora, se emocione olhando seus olhos por pensar no quanto você é especial. E espero que um dia você saiba que é especial e se dê valor. Obrigada por ter me feito amadurecer ainda mais. Obrigada por ter me mostrado o quanto eu tenho coragem, o quanto eu sou forte. Ainda sinto muito a sua falta. Mas sinto falta da pessoa que eu me apaixonei e que morreu há algum tempo atrás.
Então vai, te cuida.
Se proteja. E se ame, uma vez.
O resto a vida vai te dando..
Lika Germano.
Era mais um dia normal, ela acordo, tomo seu café, e ficou sem fazer nada, como sempre. Dia frio, sereno na janela do seu quarto bagunçado. Era bom, se essa bagunça fosse só no quarto dela. Mais não, a bagunça também estava na vida dela, no coração daquela pequena. Pequena, mais porém, com um coração enorme, e partido. Depois de tantos quebrar o coração dela, era possível o coração ainda ter espaço para amar? Ela ainda tinha motivos para sorrir? Talvez sim, talvez não, nunca se sabe né.
quinta-feira, março 29, 2012
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