Ela vai vivendo assim, no
grito silencioso, no sufoco angustiante. Os pés cansados sujos de lama, o
suor escorrendo no rosto, as mãos calejadas, os dedos feridos… O
coração? Nem se fala! Tão triste sentir-se morta e ainda assim continuar
vivendo. Tão corajoso perder a força e ainda assim lutar. E ela
persiste, ela acredita. Doída, frustrada, perdida… E ela tenta. Caminha
firme, lenta. Um passo arrastado de cada vez. Sem pressa. Crê que dia
desses lerá seu nome quase apagado talhado em placa velha na estrada. Há
de encontrar seu caminho. Há de encontrar…
Era mais um dia normal, ela acordo, tomo seu café, e ficou sem fazer nada, como sempre. Dia frio, sereno na janela do seu quarto bagunçado. Era bom, se essa bagunça fosse só no quarto dela. Mais não, a bagunça também estava na vida dela, no coração daquela pequena. Pequena, mais porém, com um coração enorme, e partido. Depois de tantos quebrar o coração dela, era possível o coração ainda ter espaço para amar? Ela ainda tinha motivos para sorrir? Talvez sim, talvez não, nunca se sabe né.
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