terça-feira, março 27, 2012


Ela vai vivendo assim, no grito silencioso, no sufoco angustiante. Os pés cansados sujos de lama, o suor escorrendo no rosto, as mãos calejadas, os dedos feridos… O coração? Nem se fala! Tão triste sentir-se morta e ainda assim continuar vivendo. Tão corajoso perder a força e ainda assim lutar. E ela persiste, ela acredita. Doída, frustrada, perdida… E ela tenta. Caminha firme, lenta. Um passo arrastado de cada vez. Sem pressa. Crê que dia desses lerá seu nome quase apagado talhado em placa velha na estrada. Há de encontrar seu caminho. Há de encontrar…

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